sábado, 14 de janeiro de 2012

Soul Transformista




A peça de grande destaque no mundo gay de Salvador do ano passado volta este ano com um novo nome "Soul Transformista" que se refere ambiguamente a ser transformista e à transformação da alma e teve estréia nesta sexta (13) novamente no Teatro XVIII sob a direção de João Figuer e a realização do site Dois Terços.

A principio vemos o elenco reduzido, sem a beleza de Mitta Lux e o glamour de Saratielle Koslowisky. Mitta Lux informou que não teria como participar dessa temporada porque existem outros compromissos e inclusive é mencionada como 'rica' na peça. Já Saratielle saiu devido a questões pessoais que não foram expostas.

Oficialmente fora da peça, as duas não foram as primeiras a fazer parte das ex-transformistas-que-merecem-respeito. Miss Boana armou o maior escândalo no penúltimo dia de apresentação da primeira temporada devido a desentendimentos com o diretor João Figuer, além de estar um pouco alterada devido à bebida que sempre toma para interpretar Amy Winehouse (o que já foi proíbida de interpretar nessa temporada), mas se desculpou com os colegas e a produção e retornou.

"Soul Transformista" começa dessa vez com a música "Tempos de Amor" do musical Rent, totalmente desncessária e cansativa ao ponto do elenco visivelmente não se sentir à vontade ao dublar a canção.

Já na estréia ocorreu um erro: as cortinas se abriram, a música tocou, mas nenhuma das 7 artistas estava presente no palco causando o maior alvoroço na platéia que achou que fazia parte do espetáculo.

O enredo da peça mudou: Eyshilla Butterfly, ainda protagonista, se cansou de ser transformista e virou uma espécie de faz-tudo no camarim para as demais e aparece sem estar montada até o final da peça em que decide voltar e fazer a apresentação de bate-cabelo.

Eu achei o enredo fraco comparado ao da primeira temporada. A primeira temporada tinha um sentido: Eyshilla era também transformista, mas até as próprias amigas a desrespeitavam e no final da peça ela mostrava que também tinha talento e merecia o dito-cujo.

Já a nova temporada vem com o intuito de mostrar a alma transformista, mas se perde ao colocar Eyshilla como ex-transformista que vira faz-tudo e volta a ser transformista. A história seria bem mais interessante se Eyshilla não fosse transformista, fosse apenas um faz-tudo e devido ao longo tempo de trabalho com as artistas se encantasse tanto com o mundo ao ponto de se transformar numa delas também.

"É um musical! É legal porque mostra o talento de cada uma, mas o texto é pobre!", afirma Mayra de Almeida, que assistiu pela primeira vez o espetáculo.

E infelizmente ela tem razão. O termo 'multilinguagem' que foi divulgado no Jornal A Tarde com a cara de Miss Boana estamapada no Caderno 2, se perdeu nessa segunda temporada onde o que salva a peça são os transformistas com seus divertidos improvisos e suas apresentações (que são as mesmas de sempre, mas que não deixam de ser encantadoras).

Apesar do enredo ter mudado de rumo, as frases e piadas continuam quase todas as mesmas (com pouquíssimas novidades), só que de forma desorganizada que não segue uma linha de humor. A distribuição de falas também continua quase a mesma: desproporcional. Fabiane Galvão, por exemplo, só tem 5 falas em mais de 1h de peça. E a personagem principal, Eyshilla, fica apagada fazendo o papel de menino durante a maior parte do show.

• Apresentações

Scher Marie: Ela fez novamente "Dara" em espanhol da Daniela Mercury mas num remix (um pouco mal-feito) com tambores invocando cada orixá na parte final. O carisma de Scher infelizmente é apagado com a dança desengonçada do seu dançarino Eddy Nunnes. Islan Santos e Dhanny Sanntos (principalmente o último) possuem técnicas melhores e eu acho que deveriam ser mais utilizados.

Scarleth Sangalo: Também teve uma apresentação fraca com uma música não muito animada de Ivete. "Desejo de Amar" ou qualquer outra que tenha a presença dos dançarinos deixa todo mundo agitado!

Fabiane Galvão: Essa arrasou como sempre dando show de elásticidade e sensualidade muito feminina com finalização esteticamente perfeita!

Miss Boana: Apresentação muito bem feita de "Born This Way" da Lady Gaga (com direito a chifrinhos e tudo mais) com seus dançarinos Jean Carlos Duarte e Adriano Junqueira. Apesar de Boana estar com o corpo um tanto masculino, ela e seus dançarinos fizeram a coreografia quase sem erros.

Sfat Auermann: Dessa eu sou suspeito para falar, pois eu não me canso de ver o massacre da serra elétrica. (Risos) Sfat é a única artista do espetáculo que consegue arrancar 5 salvas de palmas durante sua apresentação.

Valerie O'rarah: Incríveis e perfeitos movimentos de braços durante dublagem de Maria Bethânia numa apresentação que acalma os ânimos de quem a assiste. Já a outra apresentação cômica da música gospel da cantora Cassiane "500º" não há quem fique sem rir.

Eyshilla Butterfly: Seu talento no bate-cabelo é inegável, porém Eyshilla não bateu tanto o cabelo nessa apresentação, o que ficou a desejar.

Presenças:

O espetáculo contou com 3 presenças significativas na platéia: Tanucha Taylor, Rosana Migler e Saratielle Koslowisky.

Rosana como sempre simpática e falante posou para fotos ao lado de várias pessoas. Inclusive ficou encantada com a beleza e elegância do dançarino de Miss Boana, Jean Carlos Duarte, aconselhando-o a ser Miss, pois seus traços são muito finos.

Tanucha desfilou tranquilamente transmitindo muita paz com seu sorriso cativante e doce.

Já a ex-integrante foi 'de menino' e riu muito na companhia de Tanucha, principalmente ao ver suas frases sendo faladas por Scarleth Sangalo.

• Ficha técnica

Espetáculo: Soul Transformista
Local: Teatro XVIII (Pelourinho)
Datas: 13/01, 20/01,27/01, 03/02 e 10/02
Hora: 20h
Duração: Cerca de 1h20min
Direção: João Figuer
Realização: Dois Terços
Elenco: Valerie O'rarah, Miss Boana, Fabiane Galvão, Scarleth Sangalo, Scher Marie, Sfat Auermann e Eyshilla Butterfly.
Reservas: (71) 3322-0018

Sr. N

8 comentários:

  1. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    ADORO ´PUBLICIDADE GRATUITA... ADORO OS CRÍTICOS DE PLANTÃO QUE SE ACHAM NO DIREITO DE CRITICAR, FALAR O QUE PENSSA E QUE PODE... ME POUPE VIU...

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  2. Para Scarleth:

    E quem não gosta, né? Rs

    Toda e qualquer pessoa que assistiu a peça tem o direito de criticá-la sim.

    Vocês deveriam ter maturidade suficiente para aceitar todas as críticas (positivas e negativas) de seus espectadores e a partir disso crescerem com elas.

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    1. NÃO CONSIGO FAZER COMENTÁRIOS...Q PORR... EH ESSA? MAS SIM..O TEXTO ESTÁ BEM COLOCADO E CONCORDO COM QUASE TUDO...BOANA Ñ FEZ NADA D BOA APRESENTAÇÃO...Ñ PUXE O SACO...RS...

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    2. Eu achei muito boa, sua peste! Rs

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  3. e eu achei q a peça fosse ficar melhor hahahaha

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  4. As pessoas esquecem que se trata de um espetáculo aberto para o público (mesmo que pagante) e que esse tem o direito de opinar sim (e porque não?). Concordo com o "Sr. N" na liberdade para as críticas, que é um direito de todos. Aceitá-las e digeri-las é um dever de quem se expõe. Assisti várias vezes a temporada passada e acredito que essa temporada, pelo que vi, não será tão bem sucedida quanto a anterior. Desejo boa sorte aos mantenedores do espetáculo e que mudanças sejam feitas para que o mesmo seja melhor visto. Que seja mais que uma reunião de pequenos números do transformismo, que realmente motive a reflexão e discussão quanto a profissionais que de fato merecem muito RESPEITO.

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